O Presidente da República tentou esta segunda-feira, na Madeira, desdramatizar a actual situação política do país,


lembrando que em 1987, enquanto primeiro-ministro, esteve cinco meses à frente de um governo em gestão.
“Eu estive, como primeiro-ministro, cinco meses em gestão, disse Cavaco Silva, conselhando os jornalistas a recordarem as “medidas importantes” que o governo teve que tomar durante esse período“.
Questionado se não considera urgente que decida sobre a crise política, o chefe de Estado recomendou que se verifique o que aconteceu em casos anteriores: "vá ver nos dois casos de crises anteriores que aconteceram - um foi em 1987 e um em 2009 [sic] - quantos dias esteve o Governo em gestão, o que é que fez o Presidente da República de então e quais foram as medidas importantes que esse Governo de gestão teve que tomar".
Em resposta às perguntas insistentes dos jornalistas sobre a crise política aberta depois da aprovação de uma moção de rejeição ao programa do Governo, o Presidente da República disse que o que tem feito e continuará a fazer é informar os portugueses sobre cada um dos seus passos.
Mas qual é a pressa? O Presidente não tem nenhuma.
Argumenta que esteve cinco meses em gestão nos idos de 1987, há quase 30 anos, numa altura em que não havia euro, nem semestre europeu, nem Bruxelas a pedir-nos um orçamento.
O país pode esperar, estará ele convencido da inevitabilidade do seu raciocínio e convencido igualmente que todos os candidatos
à Presidência da República estão errados quando lhe dizem que é preciso rapidez na decisão?

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